Tem certas coisas que não sei dizer.


Tem horas(tipo agora) que sinto meu coração diminuindo aos poucos,a ponto de me fazer perder o ar,a ponto de criar uma necessidade de escrever e assim,tentar aliviar meu desprazer.
Eu odeio me sentir assim.Odeio me apegar,tenho medo de chamar algo de lar..Tenho medo de despedidas,elas me fazem mal!Sei que não sou a única a sofrer com isso mas,é tão meu esse sentimento de perca que,ando pensando seriamente em me desfazer dele.
Consigo ser extremamente mais idiota que o normal as vezes,e isso é questionar tudo que acredito e defendo,toda essa vã filosofia de nada me serve se eu não for capaz de viver um por cento do que acredito,frustra-me não conseguir demonstrar sentimentos tão simples...Me custa assumir que eu só queria dizer que te amo sem sentir vergonha...Não sou tão egoísta quanto pareço,infelizmente isso é só mais uma tentativa frustrada de ser feliz.O que é que eu faço de errado,porque sempre termina assim?
Sei que não ajudo muito,que não colaboro e nem cedo as tentativas de aproximação mas é que...Isso me dói a vinte e alguns anos...E hoje,só hoje eu vou me permitir falar de ti e vou falar tudo que eu não disse nesses tais anos...
Você nunca me arrancou um dente e,também não me ensinou a andar de bicicleta...Nunca passamos um mês juntos tudo que sabemos um do outro foi dito em telefonemas e dois ou três dias,momentos que eu guardo com memória de criança,talvez a mesma que sempre esperou por você em todas as apresentações da escola e formaturas.Eu sei que nunca foi fácil,eu não sou fácil!Mas ta mais do que na hora de todos,principalmente você saberem que: Esse meu jeito nem ai de ser;não existe!É só faixada...
EU ME IMPORTO,EU SEMPRE ME IMPORTEI!

E me importo muito, e de verdade.Gostava mesmo de poder fazer parte da tua vida,como alguém que sempre existiu nela,vivo imaginando os bons momentos que perdemos,as boas piadas que não te contei,as broncas que não me destes,tudo aquilo que um pai faz sabe,todo aquele amor paternal.Eu nunca soube como chegar até a ti não sou boa em me expressar e,quando tento uma aproximação fico com mais medo.Tenho medo porque,algo dentro de mim grita que a qualquer momento eu vou chamar teu nome e tu não vai me responder,ou não vai me ouvir...E isso vai acabar comigo.Esse é o real motivo da minha distância... O medo.
Antes,quando era mais garota,gostava de falar contigo todos os dias,ao dormir andava sempre a falar ás paredes como havia corrido o dia...Sussurrei - te segredos como meu primeiro beijo e,confesso que lúdica-mente tive medo da reacção,enfim...Você sempre fez parte da minha vida,mesmo sem saber.
Hoje me dei conta que mesmo tendo recebido todo amor que havia em cada um que me rodeava ninguém foi capaz de substituir aquilo que só você podia oferecer,e talvez esse seja um dos motivos que contribuíram para que eu me tornasse um tanto quanto fria e desacreditada.
Não culpo ninguém,atenção!
Bem sei que sou responsável por tudo que me tornei.Gostava de não sentir mais esse medo,sempre acho que em algum momento as pessoas me deixaram e por pensar assim acabo por não me entregar inteira a nada,á ninguém...Só queria sinceramente que essas feridas de criança cicatrizassem afinal,elas já deviam ser marcas,sinais...Espero,e espero de verdade,que: em algum lugar em ti haja a certeza que mesmo não sendo como nos filmes,eu sempre te amei.E de uma forma peculiar-mente minha sempre quis ter um pai assim,como tu és.A verdade é que "Te amo"...e isso já faz uns vinte e poucos anos. 

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Oi Cara de Boi !

 

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